As hérnias femorais são mais comuns em mulheres e têm uma alta incidência de estrangulamento por causa das características do canal femoral, espaço onde estão as estruturas herniadas. Assinale a alternativa que indica os limites do canal femoral.
A) Ligamento inguinal posteriormente, borda do músculo retoabdominal lateralmente e aponeurose do músculo oblíquo externo anteriormente.
B) Ligamento inguinal lateralmente, borda do músculo retoabdominal posteriormente e aponeurose do músculo oblíquo externo anteriormente.
C) Trato iliopúbico posteriormente, ligamento de Cooper anteriormente e veia femoral lateralmente.
D) Trato iliopúbico anteriormente, borda do músculo retoabdominal posteriormente e veia femoral lateralmente.
E) Trato iliopúbico anteriormente, ligamento de Cooper posteriormente e veia femoral lateralmente.
Mulher, 54 anos de idade, refere quadro de dor e abaulamento na região inguinocrural à direita há 2 meses, desencadeados aos esforços. Ao exame físico, observa-se abaulamento na região inguinocrural à direita (figura a seguir), à manobra de Valsalva, com redução ao repouso. Com relação a este tipo de hérnia, qual é a alternativa correta?
A) A técnica de Lichtenstein é a melhor conduta.
B) Quando encarcerada, o acesso deve ser por via inguinal e abdominal.
C) Quando operada de urgência tem elevada mortalidade.
D) Trata-se do defeito mais comum da parede abdominal
Mulher de 64 anos chega ao pronto-socorro, com quadro de dor abdominal, distensão, associada a náuseas e vômitos, há 5 dias, e está sem evacuar há 4 dias. Refere cirurgia de úlcera de estômago perfurada, há 20 anos e 2 cesáreas prévias. Realizada radiografia de abdome a seguir. Sinais vitais: PA: 100 x 70 mmHg, FC: 98. Qual é a conduta imediata?
A) Encaminhar paciente para realização de tomografia computadorizada de abdome e pelve com contraste endovenoso e via oral.
B) Iniciar reposição volêmica imediatamente, com passagem de sonda nasogástrica.
C) Laparoscopia exploradora.
D) Laparotomia exploradora.
E) Lavagem intestinal com glicerina.
A) O encarceramento é de?nido pela interrupção do ?uxo arterial, resultando em isquemia e necrose tecidual do componente herniado.
B) A técnica convencional de Shouldice é a que apresenta melhores resultados, sendo a técnica mais indicada para a maioria dos casos.
C) Hérnia inguinal direta ocorre pela persistência do conduto peritônio-vaginal e o saco herniário encontra-se lateral aos vasos epigástricos inferiores.
D) O tratamento cirúrgico por via laparoscópica (TAPP) tem resultados semelhantes em relação à recidiva quando comparado à técnica de Lichtenstein e apresenta recuperação pós-operatória mais rápida.
Homem de 68 anos de idade tem hérnia inguinoescrotal volumosa, cronicamente encarcerada, há 5 anos. É hipertenso, diabético e dislipidêmico. IMC: 30 kg/m2. Já fez prostactectomia radical, por adenocarcinoma de próstata. Foi feita a correção da hérnia, com sucesso. Recomendação para o pós-operatório deste paciente:
A) Repouso absoluto no leito nas primeiras 24 horas.
B) Não levantar mais do que 10 kg nos primeiros 30 dias.
C) Repouso relativo por 60 dias.
D) Não utilizar suspensório escrotal nos dois primeiros dias.
A hérnia inguinal Tipo II de Nyhus tem como características:
A) Ser indireta, com anel inguinal interno normal.
B) Ser indireta, com anel interno dilatado e parede posterior normal.
C) Ter fraqueza da parede posterior, com anel inguinal interno normal.
D) Ter fraqueza da parede posterior, com anel inguinal dilatado.
E) Ser femoral, com parede posterior normal.
Mulher, 80 anos de idade, com história de dor e abaulamento na região inguinocrural esquerda conforme ilustra a figura a seguir. Foi submetida a tratamento operatório conforme demonstrado na figura a seguir. Cite as estruturas anatômicas assinaladas:
A) 1. Anel inguinal externo; 2. Ligamento pectíneo.
B) 1. Anel femoral; 2. Ligamento pectíneo.
C) 1. Anel inguinal externo; 2. Ligamento inguinal.
D) 1. Anel femoral; 2. Ligamento inguinal.
Criança de 5 anos, queixa-se de vômitos 3 vezes ao dia há 3 dias, acompanhados de diarreia aquosa de médio volume, 5 vezes ao dia. Hoje a mãe notou que a criança está apática, com dor abdominal e diminuição das evacuações. Não está se alimentando adequadamente. Exame físico: Regular Estado Geral, descorado +/4+, febril, hidratado. Aparelho respiratório: sem alterações. Aparelho cardiovascular: 2 bulhas rítmicas normofonéticas sem sopros, FC: 130 bpm, PA: 90 x 50 mmHg, pulsos cheios, tempo de enchimento capilar: 2 seg. Abdome: distensão abdominal, com dor à palpação difusa e ruídos hidroaéreos diminuídos. Exames laboratoriais: Na: 135 mEq/L, K: 2,9 mEq/L, Ca iônico: 1,2 mg/dl. Escala de Alvarado modificada: 3. Qual a hipótese diagnóstica?
A) Íleo paralítico.
B) Adenite mesentérica.
C) Apendicite aguda.
D) Constipação intestinal.
Paciente masculino, 65 anos, chega ao pronto atendimento com quadro de dor e distensão abdominal há 3 dias, vômitos e parada de eliminação de gases e fezes. Têm histórico prévio de ferimento por arma branca em abdome, cirurgias abdominais posteriores para reconstrução de trânsito intestinal e hernioplastia incisional. Ao exame físico, apresenta-se hipotenso, febril e com leve taquipneia. Apresenta sinais de peritonite difusa à palpação abdominal. Toque retal com ampola retal vazia, sem demais alterações. Apresenta leucocitose importante, com desvio à esquerda e função renal alterada. Após terapêutica clínica iniciada na urgência, qual a provável hipótese diagnóstica e o tratamento adequado?
A) Volvo de sigmoide – laparotomia exploradora.
B) Obstrução de delgado (brida) – manter tratamento clínico.
C) Neoplasia de retossigmoide – colonoscopia.
D) Obstrução de delgado (brida) – laparotomia exploradora.
E) Colecistite aguda – colecistectomia videolaparoscópica.
A) Lichestein.
B) Shouldice.
C) Bassini.
D) Videolaparoscopia (TAAP).
E) Videolaparoscopia (TEP).
A técnica de Lichtenstein é o padrão-ouro no tratamento cirúrgico das hérnias inguinais, tendo taxas baixas de recidiva e ampla aplicabilidade. Principal causa de recidiva da hérnia no doente submetido a essa técnica:
A) A abertura na tela para passagem do cordão espermático.
B) A existência de hérnia crural, não identificada no momento da operação.
C) Não utilização da tela.
D) Uso de tela de material absorvível.
E) Defeito técnico na fixação da tela no púbis, medialmente.
O tipo de hérnia que é delimitada, na região anatômica, do Triângulo de Hasselbach é:
A) Hérnia inguinal indireta.
B) Hérnia de Spigel.
C) Hérnia de Petit.
D) Hérnia inguinal direta.
E) Hérnia femoral.
Julgue os itens subsequentes. I O tratamento cirúrgico é indicado para mulheres com hérnia inguinocrural, seja ela sintomática ou assintomática. II A observação pode ser uma alternativa segura para pacientes do sexo masculino com hérnia inguinal assintomática, que apresentam uma chance acima de 70% de desenvolver sintomas ao longo da observação e de necessitar de tratamento cirúrgico. III O motivo para se definir o momento da cirurgia não é o risco de encarceramento ou estrangulamento, mas, sim, o prejuízo na qualidade de vida do paciente que a presença da hérnia pode causar. IV Os pacientes que se beneficiarão da cirurgia precoce no momento do diagnóstico são os que têm dor ao realizar atividades extenuantes, constipação crônica e prostatismo ou os indivíduos classificados como ASA 1 ou 2 (American Society of Anesthesiology). Assinale a alternativa correta.
A) Apenas o item IV está certo.
B) Apenas os itens I e II estão certos.
C) Apenas os itens I e III estão certos.
D) Apenas os itens II e IV estão certos.
E) Todos os itens estão certos.
Uma senhora de 60 anos, diabética, obesa, tabagista ativa, procurou atendimento de urgência por dor abdominal há 3 dias. Nega outras comorbidades. Refere que não evacua há 3 dias e apresentou 1 episódio de vômito pela manhã. Não teve febre nem outros sintomas. Na triagem inicial pela enfermagem, apresentava: PA: 130 × 90 mmHg, FC: 110 bpm e glicemia capilar: 230 mg/dL. Em região inguinal direita, você palpa endurecimento logo abaixo do ligamento inguinal. É nesse ponto que a paciente refere maior dor. O abdome está distendido e é difusamente doloroso, embora não tenha sinais de irritação peritoneal. Você faz diagnóstico de abdome agudo. Tipo de abdome agudo (diagnóstico sindrômico), diagnóstico etiológico e melhor conduta:
A) Obstrutivo − Hérnia femoral encarcerada − Inguinotomia e plug femoral.
B) Obstrutivo − Hérnia inguinal encarcerada − Inguinotomia e hernioplastia à Lichtenstein.
C) Obstrutivo − Hérnia inguinal encarcerada − Laparotomia infraumbilical e hernioplastia à Stoppa.
D) Inflamatório − Apendicite aguda − Tomografia de abdome e pelve.
E) Inflamatório − Apendicite aguda − Apendicectomia por videolaparoscopia.
Uma senhora de 68 anos procura o pronto-socorro por dores abdominais em cólica, mais localizadas em baixo-ventre, e dificuldade para evacuar, que foi piorando ao longo dos últimos 6 meses. Vinha evacuando a cada 4 dias, sendo que atualmente está há 1 semana sem evacuar. Queixa-se ainda de náuseas e vômitos. Não tem antecedentes relevantes, salvo hipertensão arterial, que trata com diurético. Refere tabagismo de 1 maço/dia, por "mais de 20 anos". Nega febre. Refere emagrecimento de 10 kg (de 80 para 70 kg) nos últimos 6 meses. Está desidratada. Tem distensão abdominal, sem peritonismo. Fez a radiografia ilustrada a seguir. A conduta neste momento deve ser:
A) Preparo anterógrado para colonoscopia.
B) Lavagem retal, inicialmente.
C) Laparotomia de urgência.
D) Tomografia de abdômen e pelve, com contraste por via retal.
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